Dislexia

Psicopedagoga explica como identificar o distúrbio e adaptar o aprendizado as crianças

De acordo com a ABD (Associação Brasileira de Dislexia), 10% a 15% da população mundial apresentam algum grau de dislexia. O distúrbio, caracterizado pela dificuldade na escrita, soletração e leitura, é geralmente identificado em crianças de 6 a 12 anos – idade onde a procura por um diagnóstico decorrentes dessas dificuldades aumenta.

Por este motivo, mães e pais devem estar atentos aos sinais dos filhos na escola. Se a criança costuma trocar letras ou até mesmo escrevê-las na ordem inversa, e também apresenta dificuldade para ler e reproduzir frases, os responsáveis devem procurar por ajuda médica para confirmar o diagnóstico, já que confusões isoladas com a gramática não são suficientes para atestar a dislexia.

Segundo Thalita Tomé, psicopedagoga e máster da rede Ensina Mais, a dislexia é uma disfunção cerebral que não tem cura, mas pode ser amenizada e praticamente controlada, quanto mais cedo for identificada. “A falta de informação pode afetar de forma muito séria a autoestima da criança, que poderá ser taxada como preguiçosa, devagar ou incapaz para o aprendizado. Nenhuma escola é capaz de avaliar sozinha se o aluno apresenta algum grau de dislexia, por isso é necessária a avaliação de uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos e fonoaudiólogos, para que juntos cheguem à conclusão do quadro e qual o melhor tratamento”.

Ainda de acordo com a psicopedagoga, além da ajuda médica, é fundamental que os pais procurem atividades lúdicas e educativas para que essas crianças desenvolvam suas habilidades fora da escola. “Cursos complementares individuais podem ser uma ótima opção para o aluno, pois ele aprenderá e se desenvolverá de acordo com o seu ritmo sem nenhuma pressão ou necessidade de acompanhar a turma”.

A dislexia possui três graus: leve, média e severa. Entretanto, a dificuldade com a escrita não está associada à falta de inteligência. Muitas personalidades influentes em todo mundo foram diagnosticada com dislexia, mas nem por isso deixaram suas vontades e sonhos de lado. Walt Disney, VanGogh, Thomas A. Edison, Picasso, Michaelangelo, Leonardo DaVinci, Franklin D. Roosevelt, Charles Darwin e Albert Einstein são apenas alguns exemplos.

“Com a ajuda de cursos complementares como forma para contribuir no tratamento, as crianças tendem a gostar do aprendizado e entender que suas dificuldades não são empecilhos para uma vida feliz e realizada”, finaliza Thalita.

fonte: Mulheres que Comandam