Língua portuguesa ou brasileira? Eis a questão
Você sabia que, na década de 1930, houve a tentativa de mudar o nome da nossa língua para “brasileiro”? O projeto de lei responsável por essa iniciativa acabou não sendo aprovado, e logo se deu início a ditatura de Getúlio Vargas. De acordo com a análise do Doutor em filologia e língua portuguesa Marcos Bagno, essa tentativa de renomear a nossa língua não aconteceu sem motivo.
Do ponto de vista estrutural, morfossintático, semântico, pragmático, dentre outros, o português falado em Portugal e no Brasil são diferentes, apesar de receberem o mesmo nome. Isso significa que o português brasileiro é uma língua “plena”, conforme afirma Bagno, com um sistema linguístico regrado e que não deixa a desejar quando comparado a qualquer língua do mundo. Suas características são únicas e intrigam linguísticas, pois seus fenômenos estruturais a diferenciam das demais línguas românicas (francês, espanhol, português, etc.).
Mas se a língua portuguesa brasileira e europeia são tão distintas, porque carregamos a herança do nome da segunda? Para Bagno, isso ocorre porque ainda somos “amedrontados pelo fantasma colonial”, que insiste em assustar todos que pensam que somos uma mistura de raças e, portanto, incapazes de ter uma língua própria – o que não é verdade.
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